Futilidade, radicalismo, hipocrisia, status, Justin Bieber, pagode, Aquecimento Global. Novelas, o não-fim do mundo em 2012, corrupção, ovos de Páscoa quebrados, Yakult pela metade, Ana Maria Braga de lingerie, refrigerante Xamego e derivados, pizza amassada de viagem, TVC, Superpop e Luciana Gimenez, José Sarney e família. O tic-tac angustiante do relógio, vuvuzelas, rótulos, um rolo arrependido, bandas coloridas, delicado azul, alargados fedido, vestibular, DVD's sem trailers, especial Roberto Carlos, tios e tias no Orkut. Bom Dia & Cia., crianças adultas, Kinder Ovo a três reais, adultos crianças, daltonismo, trigonometria, mosquitos em orifícios, cachorro atropelado, feriado em quarta-feira, livros manchados de manteiga, Preta Gil, a prole do Fábio Jr. e Galvão Bueno... como eu queria, mas como eu queria que fosse mentira.

"Hoje é um novo dia, de um novo tempo que começou". Mentira. É só mais um dia igual. Igual a outros 30.000 que hão de vir, ou outros quantrocentos e poucos, se você realmente acredita no esperado 2012. No qual, infelizmente, nada disso vai acabar.

Trinta mil dias, e só é necessário um. Um dia em que seu primeiro minuto lhe diga tudo o que vem pela frente, e você, mais uma vez, não acredita. Aquele que só significa a você - ou não. Grande problema não é, porque já lhe fugira há tempos o seu contexto.

Entretanto, considerando 2010 como um ano fantasma - provavelmente, o Brasil não vencerá o mundial, a Hebe continuará viva, Homem-Aranha 4 será lançado em 2011 e eu sou só mais um estudande de curso pré-vestibular (o que, tratando-se de formação acadêmica, não existe); e, sim, eu cito a copa e me recuso a destacar as eleições -, você aguentará.

Retome aquele pensamento clichê de que logo será passado e você dará gargalhadas disso. Embora saiba que isso não acontecerá... você sabe, né?